terça-feira, 19 de junho de 2012

E como todas as outras vezes eles torceram pra não serem apenas mais qualquer alguém na vida do outro. Que um sorriso automático saísse da boca dele quando a visse. Que ela sentisse uma vontade súbita de ve-lo. Que ele ligasse de noite para desejar boa noite e escutar a voz dela de sono dizendo "até amanhã, amor" e que aos fins de semana eles curtissem qualquer lugar que fosse desde que fosse ele e ela, ela e ele sem espaço pra mentiras ou receio, só os dois. "Só nós."
Que ele a tocasse cuidadosamente sabendo cada ponto por onde sua mão passeava, e que ela apreciasse isso. Que eles apreciassem essa história toda de tornar-se "nós" invés de tamanha singularidade.
Ah ela esperava, esperava ansiosamente para que assim fosse. Que não enjoasse, que não pesasse ou a magoasse, mesmo sabendo de histórias anteriores. Ela então confiou, cedeu um pouco, um pouco mais e quase cedeu totalmente. Que susto. Mas ele? Logo ele? Tão manipulador e orgulhoso, logo ele? Vendou-a os olhos, maldito! E assim a fez escutar suas história malucas e incomuns, assim como ele. "Maluco e incomum" um mistério a ser desvendado, e ela sentia-se terrívelmente atraída por tal misterio. Ela queria o tesouro escondido e por pouco não o consegue. Mas ele? Logo ele? Passou pela vida dela como mais um que entrou, surpreendeu, a fez criar esperanças e se foi. Fez com que ela sentisse as piores sensações do universo, mas agora só a faz suspirar... Suspirar pelo o que não foi, pelo que poderia ter sido e não será nunca mais

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