quarta-feira, 25 de abril de 2012

A flor.

E até quando tu vai bloquear minha luz para que não entre na tua varanda de lembranças? Até quando voce vai fingir que meu sorriso não está gasto e perdido em tua memória tão vaga do meu rosto que a tanto tempo já não te procura em meio a multidão? Talvez eu não queira mesmo mais encontrar-te por aprender que uma flor sem cuidados murcha, mas sempre haverá um dia de chuva mais forte que não de início mas dias após a fará bela novamente. E assim como uma flor, eu sou. Tu tanto me murchastes que precisei dos meus dias chuvosos para me recompor, mas já não ando cabisbaixa e pensativa. Já não procuro mais alternativas e não planejo mais formas de como te-lo de volta e ao invés disso, procuro uma formula para manter-me assim; tão seguramente indiferente em relação a você. Que pela ausência do teu carinho procuro um outro aconchegante abraço, outra boca doce feito mel e que poderá sim arrancar-me de ti.

O incerto (você)

E me desespera o incerto. Não poder planejar qual vai ser o próximo passo ou se haverá um me assusta, e pela primeira vez não ter o controle da situação me amedronta. Eu quero muito, mas sera que é ficar perto ou ficar longe? É possível querer ambos? Porque se for é assim então que venho desejando. Uma distância confortavelmente próxima. Ora quero você colado, ora quero também. Será que em algum momento desejei você realmente distante? Ou ter as coisas todas no lugar? Você é uma bagunça, e adora me bagunçar também, por que não então sermos uma única bagunça? Desculpe-me, mas não descarto jamais o desejo de poder um dia te bagunçar também, da mesma maneira em que tu revira as coisas do avesso, e me faz ver as coisas por um outro ponto de vista, o que era errado vira certo e eu já não sei mais de nada. Mãos nas mãos, um empurrãozinho aqui, um tapinha ali, e estaremos colados novamente. O que será que acontecerá? A única coisa que sei é de que tenho medo, muito. Mas medo maior e perder você de vista.