quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Que infelicidade..


Que infelicidade a minha. Usei e abusei das palavras e hoje quase já não lhes cabe o peso de tamanhas decepções. Que infelicidade a minha, falta de inspiração. Por hoje as palavras podem não me ser satisfatórias, talves porque são levadas pelo vento e ecoam pelo céu nublado da minha cabeça causando efeitos somente em mim mesma.
Que infelicidade a minha, essas palavras ora leves, ora tão insuportávelmente pesadas só pesam sobre mim, que de tanto peso, cansei! Não quero mais nadar contra a maré e deixarei que essas águas me levem sem relutância.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O tempo




Toda e qualquer tentativa de entender, prever ou mudar o futuro não é válida. O que mais assusta é a falsa intenção de dizer "futuro" é como se cada batida do relógico invés de tic-tac gritasse "futuro, futuro" e de longe não tem nada.
Por favor avise ao relógio para bater um pouco mais devagar? Quer dizer, avisem-o para não bater mais, eu quero congelar assim enquanto há tempo. O tempo que corre, que voa, que vai... ou melhor que vem! Sempre cada vez mais perto de mim, o tempo que me mastiga, me engole. O tempo que vai é o tempo que já foi.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Peguei meu barquinho para navegar no mar das nossas lembranças. O sol brilhava e fazia minha pele queimar de tão quente que estava, mas eu não ligava. Remava, remava e remava constantemente e quanto mais longe da beira do mar eu ficava mais de mim se perdia, e mais de ti se achava.
Observei a água atentamente e no lugar do meu reflexo, via-se o seu, o nosso. Um corpo duas almas,o meu olhar alegre recordava-me como era quando estavamos a sós. Me fEz sentir o gosto doce da sua boca, e o amargo das tuas palavras duras quando foram ditas bravamente. E de repente eu estava no meio de uma tempestade, em meio ao mar aberto e eu já não enxergava mais nas águas o nosso reflexo. Enxergava somente alguém sozinho, a procura da alma que a completava.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

There is some hope



Mesmo que haja melancolia nos meus versos, ainda sim mesmo que não muito a mostra existe felicidade em abundância. Eu ainda enchergo as coisas com muito mais intensidade, e ainda sim vejo as pessoas pelo o que elas são, e não o que querem ser. Noto a beleza da flor, o canto dos pássaros e as ondas que brigam, brigam, se movimentam descordenadamente e ainda sim no fim se juntam e viram espumas na beira da praia. Eu ainda enchergo entre o céu nublado, um céu azul. E a noite estrelada. E apesar do ser humano, ser desumano ainda sim enchergo beleza nos corações. Enquanto houver essa visão não estará tudo perdido, não para mim.

Novo capítulo.


Fechei meus olhos para que você não enchergasse a vacuidade aonde deveria haver o amor. O maldito amor. Para onde foi-se? Alguem o viu? Procura-se o amor nunca visto, sentido ou sonhado, o procuro mesmo sem saber para quê ou o porque, somente o procuro sem nenhum resultado específico. Mas não foi necessário, pois tu fechastes os teus para não enchergar-me escondendo o que não era teu, de fato, o que não existia e foi em vão os teus esforços. Esqueci de calar a minha consciencia que gritava e pisoteava os cantos da minha mente expremendo a verdade que foi cuspida sem demora, e atingiu seu coração sem armaduras despreparado para o ataque. O meu ataque. Quem diria? Tudo que eu menos queria era passar de aliada a inimiga, mas a partir de agora não escrevemos nossa história juntos, você escreve a sua própria, e eu não te culpo por me colocar como vilã nesse seu novo capítulo.