sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Peguei meu barquinho para navegar no mar das nossas lembranças. O sol brilhava e fazia minha pele queimar de tão quente que estava, mas eu não ligava. Remava, remava e remava constantemente e quanto mais longe da beira do mar eu ficava mais de mim se perdia, e mais de ti se achava.
Observei a água atentamente e no lugar do meu reflexo, via-se o seu, o nosso. Um corpo duas almas,o meu olhar alegre recordava-me como era quando estavamos a sós. Me fEz sentir o gosto doce da sua boca, e o amargo das tuas palavras duras quando foram ditas bravamente. E de repente eu estava no meio de uma tempestade, em meio ao mar aberto e eu já não enxergava mais nas águas o nosso reflexo. Enxergava somente alguém sozinho, a procura da alma que a completava.

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